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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Atitude... Mulheres!


Homens têm que fazer isso, tem que fazer aquilo. As mulheres, que tanto buscaram igualdade social, ainda insistem em dizer que são os homens que devem tomar atitude. Sim, homens têm que ter atitude. Mas se homens e mulheres são iguais, cadê as mulheres de atitude?

Atitude conquista, seja vinda do homem ou da mulher. Mas não é só o homem que tem que chegar na mulher, não é só o homem que tem que agradar e não é só o homem que tem que conquistar a mulher.

Não adianta o homem tentar conquistar e a mulher não fazer nada. Será apenas mais uma andando por aí com o ego inflado, se achando porque todos os homens tentam conquista-lá. A mulher precisa saber que ter atitude não e se rebaixar, é ter a humildade para saber que você precisa do outro para conseguir alcançar a felicidade que deseja.

Está na hora das mulheres descerem desse pedestal em que estão e começar a correr atrás. Se elas queriam igualdade, é isso que ela tem que fazer. É ter a atitude de chegar no cara, correr atrás só para agradar. Porque é exatamente isso que o homem faz para deixar ele feliz.

A mulher também precisa ter atitude, não pode ficar só esperando o homem. Ou depois vai ficar dizendo que ele não prestava porque quis outra que chegou junto enquanto ela ficava fazendo charme. A atitude e o sentimento tem que ser mútuos, senão pode esquecer. As pessoas querem atitude, se quisessem palavras compravam um dicionário.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Na tua ausência


Na tua ausência relembro os momentos que passei junto contigo. Junto pedaços de memórias como se de pequenas partículas se tratassem. Junto todas estas passagens na busca da reconstrução perfeita de cada momento, de cada sentimento e de cada partícula do nosso amor. Amo-te para lá do que simples palavras são capazes de descrever e para além das palavras do mais talentoso dos poetas.
Relembro o teu toque suave que me encantava e me brindava de uma nova vida ou somente de uma nova forma de o ver. Relembro os teus braços à volta do meu pescoço, do meu corpo e, sobretudo do meu coração. Lembro-me de me sentir completo e preenchido perante a tua presença.
Lembro-me de navegar no teu corpo, da forma como me deixa louco. Lembro-me da forma de o tocar, lembro-me da forma de te amar e relembro tudo longe de ti. Porque você é simplesmente um ser como nunca vi e que não consigo transpor para palavras. Na tua ausência planeio o plano perfeito para te dar o mundo quando estiver na tua presença, para ser teu em toda a minha inocência e para te amar para lá da minha ausência.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A primeira neve...

Um clima pós-apocalíptico, ar quase irrespirável de tão pesado, enxofre talvez, polução... Certamente. Ao fundo, a visão de uma cidade plana, ilhada pelo deserto e em chamas, explosões acontecem no horizonte como fogos de artifício, mas o som tem um atraso de um segundo pra chegar.

No primeiro plano, um Andarilho. Mas não um Andarilho qualquer, ele tem certeza da direção que toma a passos decididos e é direção contraria a cidade, ele da às costas para ela e anda, anda como se nada houvesse a ser feito ou como se já tivera terminado o que outrora tinha a fazer, gritos ecoaram em sua cabeça, mas ele decidiu conviver com eles.

Ele parece nunca ter possuído nome, vestes roupas cinza e pretas, um óculos escuro, sobretudo, não é coerente ao sol que se colocava ao meio dia, ou podia ser, estava um sol de matar realmente. O coturno lhe caía bem, assim como as luvas e a barba já por fazer. O peso da mochila não o incomoda, ela já se tornou parte dele. O vento sul dava a sensação que o seu cabelo não estava sujo, mas estava. Não eram dias fáceis.

E o Andarilho anda certo de que a cidade está ao fundo ou o que sobrou dela e, talvez não por muito tempo, seu rosto (melhor), o que resta dele, não expressa mais tristeza, não era mais preciso, não era mais possível, sobrava andar, não fugir, quando se foge, se foge de algo, não havia mais do quê.

Explosões continuam a tamborilar com certo atraso o vento a suas costas. Ele parece não pensar mais nisso, ele parece não pensar em nada, a não ser andar.

O sol de repente foi tampado por algo, que parecia, mas uma nuvem de detritos, a princípio o Andarilho não estranha e continua seu passo despropositado de tanto propósito. Mas algo está diferente, não é uma nuvem comum, não para aquela região. O Andarilho para, olha para frente como se o horizonte lhe dissesse algo, alguns segundos se passam assim, até que um elemento inusitado cai do céu, tão minúsculo que o próprio vento exercia sua força sobre ele, um elemento tão alvo que não condizia com a paisagem, assim como a nuvem e, tão belo e tão único, o elemento viaja ao sabor do imprevisível ou quase isso e cai, embora seu peso quase não fosse o suficiente para isso, mas ele cai numa viajem tão bela quanto aparentemente infinita, mas teve fim.

O Andarilho contempla o horizonte a sua frente, calmo e sem fim. Agora com uma dúvida, que quase não resiste ao seu semblante, mas estava ali. Foram apenas alguns segundos que mudaram tudo. O elemento branco em sua viagem interminável pelo céu encontra pouso em sua face direita do Andarilho, ele sente e internamente entende que o vazio já não era mais. Ele vira e olha o horizonte ante as suas costas, as explosões ainda acontecem o caos ainda estava lá, mas o Andarilho sabe que sua missão não terminou. Ele sabe que aquele lugar em chamas era o seu lugar e como não avia feito até agora, ele dá o primeiro passo de volta.

Nunca havia nevado ali, aquela foi à primeira neve.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Passos errados


Capítulo1...

Ali me deparava novamente a sofrer os efeitos de uma junção de várias substâncias que se classificam de droga. Ria de um jeito solitário junto dos meus colegas. O momento conduziu a um riso em grupo. Naquele momento apenas e a minha cabeça parecia existir, não pensava em nada. Era em nada que queria pensar, razão pela qual fumava.

Os meus colegas não sabiam o que devastava a minha mente, por vezes nem eu próprio sabia. Havia dias em que travado, parado, isolado em casa, cogitava sobre a vida e chorava sem razões, como se esta fosse mais fácil gotejando. Quanto fumava, esquecia o meu pai, verbalizando que nada faço e pronunciando que pouco valo. Para ele, escrever e cantar era zero e tudo para além do seu trabalho não tinha valor. Nunca percebi qual o mal de investir em algo em que acreditamos conseguir imprimir algum valor.

Tinha parado 30 minutos da minha vida, meditando em nada e meus amigos já tinham saído. Dirigi-me a casa, subi as escadas que me afastavam do meu quarto, peguei em meu caderno e escrevi. Atualmente escrevia o que apelidava de “a minha própria existência”. Não era algo que milhões de pessoas tencionassem ler, mas era algo que me permitia uma determinada dose de satisfação quando o fazia. Escrevia sobre o meu dia-a-dia, o que pensava e, sobretudo o que vivia. Nunca gostei de repetir os meus erros, lutava para que as pessoas os conhecessem e não caíssem sucessivamente como comigo acontecia. Atualmente era apenas um livro, um rascunho com rabiscos, com letras que apenas eu compreendia.

Um novo dia começou e com ele a sujeição de ir à escola. Estava somente dependente de uma disciplina, razão pela qual não possuía motivos para me queixar de falta de tempo livre. Fui mais cedo para a escola e como era hábito parei primeiro no spot, a fim de encontrar os meus amigos, mas ninguém estava presente. Decidi então passear pela escola sozinho, para passar algum tempo. Não existia ninguém nas redondezas.

Era engraçado como em tempo de aulas a escola ficava tão tranquila. Tão oca. Tão sem vida. Era um contraste claro com o intervalo, sinónimo de euforia e confusão. No meio de toda aquela solidão consegui avistar uma menina. Ela se encontrava sentada sobre a relva, ouvindo música no que parecia ser um iPod. Parecia ser mais nova que eu e vestia uma roupa preta e rasgada. Tinha o cabelo tingido por duas cores, loiro e preto e os seus olhos encontravam-se coloridos com um forte negro. Embora a descrição pareça negativa, tudo isso lhe conferia beleza. Passei atento a ele, não conseguia simplesmente desviar o olhar, como também não conseguia apenas passar. Decidi aborda-la.

- Gosto muito dessa música que ouves – disse tentando colocar assunto. Fiquei por momentos esperando por uma resposta, mas o som impediu que ela tivesse ouvido o que disse.
- O que disseste? – disse ela.
- Disse que gostava bastante da música que ouves.
- Conseguias ouvir? Não pensei estar tão alto – disse ela impressionada. - Sim conseguia e a alguma distância, mas tudo bem, também aprecio música alta. E me chamo Tiago e tu?
- Catarina, mas toda a gente me trata por Kate.

Depois de um alguns minutos de conversa, trocamos um beijo durante o tempo restante para o intervalo. Depois tocada à campainha, fomos embora por caminhos diferentes. Passei a aula de matemática pensando na tal Kate. Além de bonita, era inteligente, simpática e muito divertida. Acabada a aula dirigi-me ao spot, para me encontrar finalmente com o pessoal.

Caminhei pouco, visto que o spot se distanciava por poucos passos da minha escola. No curso recordei a relva onde Kate havia estado sentada. Agora se encontrava desabitado. Recapitulei nossa conversa e relembrei igualmente o seu agradável sorriso. Fiquei satisfeito por avistar os meus amigos passos à frente. Não demorei muito e após uns minutos de conversa segui rumo a casa.

Cheguei à casa pouco depois. Estava vazia. Minha mãe ainda trabalhava, faltava cerca de uma hora para o almoço. Liguei o computador e minha cabeça brilhou com a ideia de procurar a suposta Kate no Facebook. Presumia-me que ela deveria ter e que não seria difícil de encontrar. Vi a hora passar rapidamente, sem encontrar nada, sem a encontrar. Pensava agora como tinha sido tão estúpido ao ponto de não pedir contato. Nem telefone, nem e-mail, rigorosamente nada. Tinha de encontrá-la novamente, e desta vez tinha de lhe pedir contato. Não poderia ser assim tão difícil, a escola não é tão imensa, e encontrar uma pessoa deve ser fácil.

Minha mãe chegou. Almocei calado e saí logo em seguida, não conseguia ficar em casa, sabendo que aquela menina se encontrava por aí à solta. Não tinha aulas, nem vontade de entrar na escola, mas foi o que fiz, e confesso ter passado à tarde dentro de da escola, para frente e para trás, sem sinal dessa tal “miúda”. Decidi desistir, e ir ao spot que agora se encontrava vazio, para poder refletir. Avistei o local, e avistei alguém. Afinal não estava vazio como pensava estar, mas quem estaria lá? Não conseguia ver-lhe a cara. Apenas podia dizer que tinha uma pessoa lá e se encontrava a fumar. Decidi aproximar-me e dizer olá. Há medida que aquela pessoa levantou a cabeça, consegui perceber que era a Kate, com olhos de quem tinha fumado no só um simples cigarro, mas sim, um saco inteiro de drogas.

- Tu? – disse ela assustada.

Fiquei tipo uma estátua, parado, sem mexer um músculo, não a aguardava ali naquele exato momento. Não naquele local. Tinha uma determinação enorme em encontra-la até agora, mas depois de vê-la, sobretudo naquelas condições não sabia o que disser ou como reagir. Pensei que aquele local, era apenas nosso. Pensei que apenas eu e os meus colegas soubessem da sua existência. O famoso spot, não passava de uma casa lindíssima agora abandonada e coberta de musgo e sujeira, com apenas uma divisão tratada, divisão essa que abarcava agora sofás sem qualquer indício de pó e uma mesa apenas.

Kate encontrava-se sentada num desses sofás, contraída e de cabeça entre os braços que a tapavam em conjunção com uma carapuça. A admiração dela era perceptível na sua cara, tal como eu não deveria esperar visitas. Ganhei forças e decidi falar, precisava saber o que fazia ela ali, sobretudo naquelas condições. 

- Olá. Prazer em ver-te. O que fazes aqui e o que raio se passou contigo para está nesse estado? – perguntei eu, ansioso por receber uma resposta.
- Pensei ser a única a conhecer este local, confesso que me admirei com os sofás novos, mas nunca encontrei ninguém aqui há esta hora – respondeu ela, deixando a segunda parte da pergunta pendente.
- Estes sofás foram recuperados por mim e pelos meus colegas, e também pensei que fossemos apenas nós a conhecer este local.
- Isso quer dizer que não me querem aqui? – disse ela com ar preocupado.
- Não, nada disso, posso falar com eles, mas neste momento quero falar contigo.
- Comigo? Que fiz eu?
- Não me vai contar porque estás nesse estado? Ou vai continuar a fugir da questão? – disse eu com maior rigidez na voz.
- Não posso, nem quero – disse ela se levantando.
Ao levantar-se Kate acabou por desmaiar e cair no chão mesmo à minha frente. Entrei em pânico, não sabia o que fazer. Sabia que não podia ligar a uma ambulância, com a dose de droga que ela haveria consumido iria ter problemas. Achei que a melhor solução e a mais sensata seria leva-la para minha casa. Foi o que fiz...

Continua...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rimando com Palavras calmas


Por entre palavras calmas não me consigo encontrar, sinto-me perdido num mar de palavras, no qual não sei navegar. Nas palavras que me formam, perco-me no toque da sua essência e encontro-me de modo incessante no fundo da minha consciência. Perco-me novamente, como se fosse próprio de mim nunca me encontrar, ou simplesmente ignorar completamente a força que me faz andar.

Vivo em palavras e apenas em palavras eu me sei perder, construindo vários castelos para um dia me poder esconder. Quero viver em palavras, mas por vezes não sei o que dizer, as palavras parecem sumir-se à medida que as tento escrever. O papel fica em branco e as palavras se misturam à minha frente, escrevo na esperança de igualdade e obtenho um resultado diferente.

Rendo-me em palavras e sem palavras não o poderia fazer, com as palavras crio pensamentos que muitos outros irão ler.  Sem palavras muito falta, falta até me completar, falta descrever quem eu sou e uma forma de me encontrar. Com os passos que descrevo e que vou marcando o caminho, deixo palavras para trás para nunca me sentir sozinho e há medida que o faço, vou sendo um pouco mais eu, vou procurando ser poeta que nas palavras morreu.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

I love being a redhead!


A mulher ruiva é complexa. Se ela não nasceu com o cabelo vermelho, ela pinta. Pinta para mostrar o que tem dentro dela: um vulcão em erupção. Pronto para explodir. Pronto para dizer que dentro desse corpo bate forte um coração. A mulher ruiva tem dentro de si um pouco do mundo. Tem angústia, decepções, sonhos, amores, dores, etc.

Ela é determinada. Luta pelo que quer, independentemente do que vier. Sendo desse jeito, é óbvio que assusta os homens. Só sendo muito macho para aguentar a mulher ruiva. Afinal, ela é determinada e preenche seu tempo livre com arte, literatura, exposições, cinema e música. Todas essas coisas só reforçam seu estilo de ser. É isso que mantém o fogo aceso.

A ruiva acredita em príncipes encantados. Embora saiba que vive na realidade e que ele não pulará dos livros. Sabe que sua vida amorosa não é um conto de fadas. Pode ou não saber que, em partes, é sua culpa. Ela não deixou ninguém interferir em sua vida. Não abriu mão de nada por ninguém. O amor só sobrevive à base de concessões. E isso ela se esqueceu de aprender.

Enquanto a morena é para casar, tantas decepções amorosas fazem parte do currículo da mulher ruiva que ela não sabe se o casamento foi feito para ela. Enquanto a loira faz as cabeças dos homens, a mulher ruiva faz questão de não ser somente um “casinho” passageiro na vida desses canalhas. A mulher ruiva só está sozinha por ser exigente demais. Está sozinha porque descobriu em si sua melhor companhia.

A mulher ruiva é como um palito de fósforo. Se você quiser, ele pode criar fogo. Se você quiser, ela pode queimar tudo. No fundo, ela é só uma menininha frágil que tenta se proteger de tudo. Tão frágil e com tanto medo de se quebrar que ela se tornou ruiva. A mulher ruiva não é só a cor de seu cabelo, é um estado de espírito. Ela é você. Ela sou eu. Existem várias espalhadas por aí.

domingo, 7 de outubro de 2012

Seja um idiota...

A idiotice é vital para a felicidade...
Gente chata essa que quer ser séria, sempre profunda, etc... Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, isso não lá uma coisa muito boa assim. Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, por favor, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele.


Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer?

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... A realidade já é dura; piora se for densa.

Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar de boca cheia, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, jogue esses problemas no lixo e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

Seja o diferente.

                                                             (Armando Jabor)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Hoje eu quero...


Eu não posso mais ouvir tua voz. Se isso acontece, um arrepio vem e me sobe o corpo até eu me contorcer fechando os olhos. Eu poderia falar de nós e o quanto eu estou diferente. Mas hoje eu quero falar sobre corpo. Sobre vontade. Sobre desejo. Sobre entrega. Sobre posse. Quero que as palavras românticas vão pra puta que o pariu. Hoje eu quero abusar de palavras de baixo calão e olhar no teu olho com vontade de te comer. Hoje, o que eu quero são movimentos intensos e firmes. Quero liberar tudo o que tá preso dentro dos meus desejos. E para isso, eu preciso de você. Hoje, eu quero me perder em mim. Eu quero que você se perca em mim. Desejo você. Quero sentir a vontade saindo pelos teus poros. Quero nosso suor junto. Desejo teu beijo. Quero que ele rasgue minha boca. Não quero mais nada além dos nossos corpos. Quero esquecer a vida. Quero que estes momentos sejam eternos e se repitam enquanto pudermos até não ter mais força ar. Quero que você me dê vida na sua cama. Quero que você me faça esquecer tudo o que existe no mundo. Hoje, eu quero te amar intensamente. Quero mostrar o fogo de Sagitário. Quero queimar a minha carne. Quero que minha alma peça pra eu parar. Foda-se a dor. Foda-se quem tiver próximo. Quero me afogar em você. Quero me perder. Quero sentir. E quero que teus olhos fixem junto com os meus. Ah, eu quero você em cima de mim, me olhando nos olhos e dizendo que eu sou só sua.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Encontro!


Fui. Imaginava que era roubada, mas fui. Afinal, o que eu tinha a perder além de mais uma noite improdutiva? E se desse certo, se fosse diferente das outras noites? Não havia um bom motivo que me fizesse recusar o convite.

No primeiro momento tudo correu dentro da expectativa. Nada de extraordinário, nem bom, nem ruim.
Tudo normal. Sentamos à mesa de um bar, conversamos sobre o que havíamos feito naquele dia, preferências musicais, filmo gráficas e artísticas em geral – muitas das quais em comum –, nossos pais, infância, objetivos na vida e sobre o fim de semana que nos conhecemos.

Naquele dia em que nenhum de nós estava dado às interações sociais, encontramos no fumódromo o esconderijo perfeito para “uma conversa social”. Ironicamente, foram nessas condições que um puxou papo com outro. Eu de coração partido, ele de saco cheio.

Trocamos algumas palavras, fizemos piadas sobre os malucos que ali passavam, cantarolamos trechos de nossas músicas favoritas e por fim apagamos os cigarros. Antes, porém, de voltar à pista de dança onde minhas amigas se encontravam, ele pergunta meu nome e se poderia anotar meu telefone. Não houve recusa, e junto com o número, trocamos também contatos em redes sociais. Foi assim que tudo começou.

Aos poucos, fui me dando conta de que aquele ser on-line não se parecia com aquele outro da área de fumantes. Fossem talvez pelas doses de vodca ou pela atmosfera da noite, não havia notado algumas peculiaridades do moço. Algumas não tão agradáveis, mas não suficientes para esquivar do encontro proposto pouco depois. E como já dito, lá fomos nós. Dois desiludidos, eu com o amor, ele talvez com o mundo.

E então, chegou aquele momento do encontro em que o assunto acabou e o único ato previsto para revogar o clima frio que se instalou em nossa mesa era a chegada iminente de um beijo. E nesse instante, recapitulei tudo que ele havia dito neste dia, coisas que até então desconhecia sobre o ser. O término de longo relacionamento, os vícios excessivos com álcool, drogas e festas, o mundo irreal e inconsequente que ele por vezes se submetia, a relação complicada com os pais, o desemprego momentâneo. Nem tudo era ruim, afinal, ninguém é totalmente bom ou mau, mas foram tais características que minha mente se dedicou a trabalhar.

O beijo não aconteceu. Nem os possíveis contatos após o derradeiro encontro. Não sei quais foram as impressões dele sobre mim, acredito também não ter agradado. Não houve briga, raiva ou asco. O desapontamento pareceu mútuo. Às vezes as coisas são realmente da forma como imaginávamos. A noite se encerrou ali, com um até breve que sabíamos que não existiria.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Relação indecente.


Capítulo final.

O professor esperou que todos abandonassem aquela pequena sala e só depois nos falou.
- Estou preocupado com o teu aproveitamento nas aulas, talvez existam muitas dúvidas nas nossas cabeças. Eu estou disponível para vos dar umas explicações. O que me dizem?
Vi na cara de Jessy que não queria aceitar, mas eu pelo contrário achei ser o plano perfeito para a minha vingança e decidi aceitar a proposta do professor. Ele tinha apenas 25 anos, não parecia ser má pessoa, o que poderia correr mal?
- Existe apenas um pequeno problema, as explicações não podem ser dadas aqui na escola, porque teria de requerer como atividade extra, mas se quiserem seguir-me até à minha casa, não é muito longe daqui.

Aceitamos e pela primeira vez na vida sentia-me empenhada para ter uma explicação. Andamos cerca de meia hora, e pelo visto o perto era apenas uma expressão, porque as minhas pernas já estavam doendo e não era pouco. A casa encontrava-se longe de tudo e tinha um aspeto semelhante a um velho palheiro, não parecia de todo uma casa de habitação. O interior não diferia muito, mas como o professor era novo na cidade achamos normal e não fizemos grande caso. A explicação foi algo de fenomenal, ficamos a conhecer melhor o professor e conseguimos ver que as suas explicações se resumem a rigorosamente nada. Falamos por cerca de 5 minutos e o resto do tempo foi ocupado com um interrogatório onde ele parecia querer saber cada detalhe da nossa vida.

Este ritmo repartido entre escola e explicações prolongou-se por vários dias e com o tempo fomos mudando a nossa opinião relativamente ao professor, bem como cada vez mais o achava mais atraente. Certo dia a nossa explicação e suposta conversa recaiu sobre sexo, sentia nele que gostava de falar sobre tal assunto, sobretudo quando se encontrava com duas jovens estudantes bastante mais novas. O que começou numa conversa acabou numa relação a três, pura loucura de uma jovem que não sabia nada do que era a vida. Uma jovem que não se importava com as conseqüências dos seus atos, mas apenas com a sua concretização. No meio de tanta loucura não houve tempo para perguntas, muito menos para a devida proteção.

Vários dias passaram após esse acontecimento e vários acontecimentos se sucederam no mesmo quarto. Confesso que com o tempo o prazer foi diminuindo, enquanto que o de Jessy aumentava e aumentava. Muitas vezes ia sozinha ter com ele, mesmo sabendo que eu tinha conhecimento disso. Um dia, numa semana das nossas férias, lembro-me que ela disse algo que me chocou completamente, disse que se sentia tonta, que tinha vomitado e tudo apontava para uma gravidez que com o tempo e os devidos testes se veio a confirmar. Também havia certeza de quem era o pai, e isso a deixava em pânico completo porque não sabia como ele iria reagir. Tentei acalmá-la mesmo estando numa pilha de nervos, ver a pessoa que amo grávida de outra pessoa que não devia ter passado de uma simples aventura, era como agulhas que se cravavam no meu coração.

Eu a aconselhei, que ela fosse sozinha ter uma conversa e contar-lhe o sucedido. Foi isso que ela fez e eu com toda a impaciência do mundo, decidi segui-la e espiar a conversa de ambos. Fiz algo que nunca havia ter feito. Quando me aproximei de sua casa, conseguia ouvir gritos que reconhecia serem de Jessy. Aproximei-me e espiei por uma janela entreaberta. Ele estava a agarrá-la no pescoço com muita força para ser apenas um carinho, com muita força para ser um simples abraço. Ele estava quase a sufocando. Fiquei branca, sem forças e, sobretudo sem reação. Pelo vidro conseguia ver a cara de horror de Jessy, o modo como ela apagou, pela força de tão “grandes braços”. Ao ver aquilo, ao ver Jessy cair no chão morta, me senti fraca, por não poder ter feito nada. 

Apenas pensava no que tinha feito. Por qual razão a tinha deixado vir sozinha? Fui para casa, sem cabeça suficiente para pensar no que iria fazer e no que deveria ser feito. Estava com medo, triste, com nojo de mim própria por ter mantido uma relação com alguém sem coração. Considero-me pequena, toda a minha vida, fazendo o que sempre quis sem nunca me importar com nada, apenas de uma coisa, a Jessy, a menina que amo e que agora acabei por perder.

Esperei toda a noite acordada pelo dia seguinte, já tinha decidido que iria fazer justiça pelas minhas próprias mãos. Peguei a antiga arma de meu pai que com o tempo ganhou pó e teias de aranha. Tinha balas, tinha coragem, tinha revolta dentro de mim. Quando chegou o novo dia entrei na escola, com a arma na mochila, entrei na sala e assim que vi aquele traste entrar, disse “Isto é por tudo o que você fez à minha amiga, seu canalha” e disparei. O professor foi morto e eu por ter 18 anos fui condenada à prisão.

(Agora a minha pena está quase terminando, fui condenada por um homicídio e por porte de drogas. Atualmente tenho 27 anos, falta-me um ano para me livrar desta cela. Se me perguntarem se aprendi algo, digo que aprendi demais. Aprendi que sempre fui algo que no fundo não era. Aprendi que as minhas atitudes não me levaram a nada, além da prisão. Aprendi que se a minha mãe era assim, foi porque não ajudei. Aprendi também que o meu pai morreu cedo demais para me ajudar. Aprendi que temos de proteger o que mais gostamos, porque é sempre a primeira coisa que perdemos.

E agora, fora da cadeia, só desejo o que todas as “raparigas” como eu desejam, poder voltar a nascer e fazer a minha vida de um modo completamente diferente. Não sinto falta de nada desse tempo, nada mesmo, além da minha amiga Jessy a pessoa que mais amava nesta vida e que acabei por perder graças à minha imaturidade.)

FIM.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ralação indecente. . .


Capítulo 2

Como já esperava, não foi muito o tempo que aguentei sozinha. Decidi enviar uma mensagem Jessy, decidi que já podia voltar e que estava melhor na sua companhia. Esperei por mais de uma hora, tempo que consegui contar e em que o sono não me tinha vencido. Acordei com o tocar da campainha do andar superior, era a Jessy que me esperava. Abri a porta e subimos novamente para sótão. Precisava esquecer e investir todo o meu orçamento mental na diversão. Pensei então em fazer um grande cagarro “libertador”, nome que decidi lhe dar pelo facto de me libertar e me conduzir a fazer coisas que nunca tive coragem de fazer. Sempre gostei disso, razão pela qual gostava de fumar.

Demorei mais que o habitual, as minhas mãos tremiam como nunca antes e o meu coração parecia querer sair do meu interior. Ambas fumamos daquele cigarrinho “libertador”, que confesso me pareceu um exagerado de dose, razão pela qual me sentia tonta e um tanto desorientada. Permanecemos ambas deitadas no sofá preto, proferindo piadas, das quais riamos sem qualquer razão. Entretanto num ato ingénuo Jessy começa a tocar de leve o meu corpo. Recuei e perguntei surpreendida.
- O que você está pensando em fazer?
- Estava curiosa e estava tentando dar-te um pouco de afeto, está visto que neste momento careces dele – disse ela com ar provocador.

Não respondi. Desconhecia se aquilo era a sua vontade própria ou um mero efeito do cigarro “libertador”. Mas naquele momento não liguei e deixei-a conduzir-me até aquele novo mundo que ela queria presenciar. Ela tocava-me como nunca ninguém o tinha feito antes. Parecia conhecer cada pedaço do meu corpo, todas as suas pequenas curvas e oscilações. A impressão que eu tinha, era que ela já sabia a melhor forma de me tocar. Pensei em parar, mas o pensamento não conseguiu vencer a vontade do corpo e então continuei. Ela despiu-me e ficamos ambas nuas, nos tocávamos e descobrimos um mundo novo, completo e recheado de novos sabores.

Jessy ficou para jantar. Como a minha mãe ainda não estava em casa decidimos comer uma simples pizza acompanhada de mais uma cerveja. Decidi também que a Jessy ficaria a dormir em minha casa, visto que no dia seguinte apenas tínhamos aulas de tarde. Subimos até ao meu quarto que se encontrava no andar de cima, ao lado do quarto da minha mãe, que como habitualmente ainda não se encontrava presente. Não posso afirmar que me fazia feliz o estilo de vida que a minha mãe havia adotado, mas o tempo levou a que me habitua-se e não podia recriminar quem sempre me deu tudo e garantiu que todas as minhas despesas fossem pagas.

Ficamos ambas no quarto e assistindo vídeos assustadores de relatos paranormais, uma das nossas atividades preferidas. Nenhuma de nós tinha ousado tocar no assunto que nos envolvia a ambas nuas no sofá. Embora não falasse, gostava de saber e responder à pergunta que me atormentava “Teria sido tão bom para ela como foi para mim?”. Decidi falar e quebrar todo aquele silêncio que nos envolvia, mas o barulho da porta de entrada antecipou-se e fez desaparecer a minha tentativa. Sabia que era a minha mãe e pelos passos percebi que vinha acompanhada, tinha chegado a hora em que eu devia deitar e fingir de morta. Segundo ela qualquer barulho poderia afastar o cliente e isso para ela era igual a não receber qualquer centavo. Não era frequente a minha mãe trazer alguém para a nossa casa e nunca tinha acontecido tendo eu como companhia, embora nunca me tenha envergonhado disso. Para acrescentar a Jessy também sabia da sua “profissão”.

Deitamo-nos ambas ouvindo respirações ofegantes e gemidos vindos do quarto ao lado. Os gemidos e aquela sensação de prazer de certa forma veio aumentar ainda mais o nosso constrangimento, mas pouco tempo foi necessário para que ambas tivéssemos adormecido. Quando acordámos a minha mãe já tinha saído, como não tínhamos aulas nessa manhã não havia nenhuma pressa. Mudamos de roupa juntas, e sinto que cada uma olhou o corpo da outra de forma diferente, conseguia de certa forma senti-lo. Acabamos de se vestir e senti ser o momento certo para retomar o assunto que ontem ficou suspenso.
 - Jessy, acho que precisamos conversar.
Jessy não falou uma palavra, fingiu ignorar-me e logo de saída de uma forma surpreendente beijou-me. Fiquei sem reação, mas retribuí da mesma forma. Nunca tinha tido uma certeza tão forte como aquela que me aproximava de ti.

Sempre fui diferente em tanta coisa, mas nunca me recriminei por isso, porque havia de ser recriminada pelos outros? Se tudo o que faço nada mais é do que lutar pela minha felicidade? Quando o meu pai era vivo, dizia sempre: “Busca a tua felicidade acima de tudo” e naquele momento enquanto a beijava era isso que fazia. Acabados os carinhos, comemos uma coisa rápida no almoço e seguimos juntas para a escola. Novamente encontrava aquele professor desastrado que um dia “decidiu” aparecer na minha vida. A aula passou relativamente rápido, mas o professor pediu que aguardássemos pelo final da aula para poder falar conosco em particular...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Relação indecente. . .


Capítulo 1...

Um ano tinha envelhecido. Novamente se deslocava meu corpo indistinto, para uma escola negra, para mim radicalmente sem cor. Para muitos o lugar ideal para a sobrevivência e conservação da minha espécie. Mas este ser humano e não animal ou robotizado não partilhava do mesmo parecer. Preferia estar em casa. Preferia estar submersa em um bom whisky e sentir-me asfixiada em fumo, com as minhas amigas, que hoje motivam a saudade. Como habitualmente, os meus ouvidos encontravam-se cerrados em música a um volume capaz de deixar qualquer coruja surda.

Nunca fui apologista de guardar as coisas para mim próprias, razão pela qual a minha música é repartida com todos os que me envolvem. Não tinha qualquer pressa, mas naquele instante movia-me rapidamente, como se a música fosse o doping que apressa o coração e as pernas a um ritmo proporcional. Entrei na escola acelerada demais, e acabei por colidir violentamente, com um rapaz no corredor. Caí e ele me ajudou prontamente. Não retribuí, porque eu nunca fiz isso e muito menos me dignava a descer tão baixo. Ao invés, chamei-lhe mil nomes, que acabaram por não sair da minha cabeça. Perdi 5 segundos do meu tempo a pensar na situação e de seguida segui para a sala de aula. A minha vontade era de desaparecer, mas já que a minha vida tinha de ser esta, decidi pensar e concluí que não deveria gastar as poucas faltas disponíveis logo no primeiro dia. As minhas amigas já se encontravam sentadas e eu apesar de atrasada, sorri ao perceber que o professor ainda não estava na sala de aula. Minutos depois e para o meu espanto era a mesma pessoa com quem tinha chocado há minutos no corredor.

- Desculpem o atraso, sou o vosso novo professor e acabei por ter um contratempo no corredor – disse ele sorrindo na minha direção. Um contratempo que eu chamaria de Alicia.

A aula assemelhou-se ao mesmo de sempre, uma grande e gorda aula chata. Mas por alguma razão, hoje a atenção não se encontrava de baixa, porque havia ouvido tudo o que o professor tinha dito. Não conseguia perceber o que se passava na minha cabeça, porquê eu não conseguia esquecer aquilo. Percebi que tinha de falar com alguém, era expansiva e não conseguia reter tudo no meu interior. A aula terminou, decidi assim dar uma escapada com uma amiga minha, a fim de lhe contar o sucedido. Esta era a nossa única aula do dia, por isso não existiam mais motivos de ficarmos presas aquele espaço. Fomos ambas para a minha casa. A minha mãe estava no trabalho, daqueles que o corpo faz a maior parte do dinheiro. O meu pai descansava, um descanso eterno que há muito a vida lhe ofereceu.

Fomos para o sótão, o nosso pequeno refúgio, o meu pequeno mundo, que permitia a muito pouca gente a chave de acesso. As paredes estavam completamente cobertas de posters, como se de papel de parece se tratassem. No canto existiam dois sofás pretos e uma pequena televisão que fazia companhia a uma velha aparelhagem. No fundo possuía tudo o que eu necessitava nos momentos em que procurava fugir da realidade. A minha amiga Jessy estava mais que impaciente para saber o porquê de toda a minha agitação. Acendi um cigarro e abri uma cerveja, precisava de me acalmar e era exatamente isso que me acalmava, ou que neste caso eu julgava me acalmar. Comecei por explicar tudo, bem como todos os detalhes importantes e essenciais para uma possível compreensão. A Jessy ficou surpresa e afirmou:

- Eu conheço-te bem o suficiente para garantir que lhe estás a dar importância a isso tudo. Isso só pode significar que estás completamente apaixonada por ele. Fiquei sem reação, não sabia o que dizer, apenas poderia garantir que nunca antes na minha vida havia estado apaixonada.
Sempre fui uma rapariga com uma paixão imensa nas coleções, influências que obtive com a minha mãe que achava ser impossível manter um homem por mais de uma noite.
- Não pode ser possível, talvez esteja a dar importância a mais a este caso – disse eu tentando desviar o assunto.
- Não te preocupes, fica o nosso segredo. Não vou contar a ninguém e se realmente o desejas, mostra-lhe o teu melhor lado.
Não sabia o que pensar e por momentos pedi para ficar só. Precisava reorganizar todas as ideias na minha cabeça, como se de uma biblioteca se tratasse...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Diferenças . . .


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto. Demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... 

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai te ferir de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos...

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar à pessoa que quer ser, e que o tempo é curto...

Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel...

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para e ele espera que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... 

Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Encontrando seu tesão.


Ela te pede para parar. O corpo trêmulo e arrepiado de desejo e dúvida. Ela não sabe se entregar a uma mulher. Ofegante, com a cabeça baixa, e os olhos que sobem do chão pelo seu corpo. Você morde os lábios. Não há como não tentar algo além do que aconteceu. Você a pega as mãos, enquanto ela tenta recusar o que já era parte de si, e as coloca em seus seios. Ela sente os teus mamilos apontando para o teto, tão duros quanto o desejo pode permitir. Você olha a boca dela se entreabrindo, como quem começa a sentir a violência de um furação de desejo dentro de si. Seus olhos se encontram e ela te puxa para si, devora a tua língua com a boca dela e coloca as tuas mãos em sua bunda.

Você desliza os dedos pela pele dela e a joga na parede. Prende seus braços no alto, e vai descendo e escorregando as suas mãos para saborear o resto das suas curvas. Você tira a própria blusa, de onde brotam seus seios, que ela admira, enquanto você descobre os dela, e os leva à boca. Ela geme de leve por sentir teus dentes roçando em seu mamilo e a tua mão puxando os cabelos de sua nuca.

Agora, você a beija mais. A boca, o pescoço, a orelha. Mete a mão por debaixo da saia dela, e se arrepia ao sentir a calcinha ensopada de lava vulcânica. A afasta e brinca na entrada escorregadia, com a ponta dos dedos. Ela se derrete. Pede bem baixinho, pra te ter por dentro da própria pele. Você sussurra em seu ouvido, pergunta se ela tem certeza. E ela repete uma, repete duas, três vezes, e repete cada vez mais alto, quase enlouquecendo de tanto de pedir, até que ela solta um, (por favor), você da uma risada daquela pedido tão meigo e "selvagem". Depois disso, você desliza dois dedos para dentro dela. Fazendo ela perder o folego com aquele momento de puro tesão.

Ela geme e rebola. Você sorri. Sente o próprio desejo gotejando entre as pernas. Tudo pulsa. Você está tomada por uma fúria libidinosa, que aumenta mais e mais, enquanto o ar parece mais escasso e os gemidos preenchem o quarto. Ela te arranha, pede por mais. E você entrega tudo o que pode  A velocidade dos teus dedos aumenta, enquanto ela rebola como se aquilo fosse a ultimo acontecimento da vida dela e você sente a explosão de desejo molhar os seus dedos. Brinca mais um pouco por lá, enquanto ela desaba no teu corpo. Ela ofega e você leva os dedos até à boca. Olha para ela, a beija e depois sorri.

Depois de tudo o que aconteceu, ela diz que nunca sentiu algo tão forte, e, enquanto beija a tua orelha, tenta descobrir os caminhos no teu corpo, que possa também chegar em seu tesão.

sábado, 21 de julho de 2012

Pum . . .


Fummmmmmmmmmmmmmmm!!!!!
Todos queremde ti se livrar Pum
Todos queremte soltar
Ventreslivres querem ter, ninguém quer sofrer
Mas às vezesé preciso te prender
Mas tualiberdade te faz feder
Mas ao teprender podemos adoecer
Prisão deventre ninguém merece ter
Fazemosentão massagem na barriga
Na tentativamuitas vezes em vão
De soltar umpunzão
Todos temrazão. Quando não te soltamos
Sentimos dorno coração
Um aperto nopeito e não tem jeito
É precisosoltar um peido
Esprememos abarriga eu que o diga
Às vezes saiaté briga
Todosprecisam te soltar para se aliviar
Mas ninguémquer admitir
Que um Pum saiu de si.

Texto escrito por: Iêda José de Silva. (minha mamãe)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

"Caminhos cruzados"


Quem somos nós? Para nós somos alguém que nasceu e tem um papel nesta vida, mas para quem não nos conhece, o que somos? Zero, um nada que não conhecem, enfim não existimos. Pois bem, o nosso cérebro guarda informação do que conhecemos de algo que tenha-nos uma vaga ideia que exista, não de algo que nunca conhecemos. Sabemos o que são pessoas porque nós cruzamos todos os dias com elas, mas alguma vez você já se perguntou: qual será a história daquela senhora idosa com quem acabei de cruzar? Não? Isso acontece porque é como se essa pessoa não existisse.

Cada vez mais a sociedade vive para si e apenas se conhece a si, digamos que muitas vezes a vida guarda  isso, mas não tem de ser regra. O título deste post “Caminhos Cruzados” serve para transmitir uma ideia de algo fantástico desta vida que é conhecer alguém. Não se trata apenas de conhecer alguém, trata-se de acrescentar informação ao cérebro, trata-se de cruzar duas vidas, trata-se mesmo de dar vida o que para nós não existia ou nos era pouco relevante. Pense nisso como o nascimento de alguém na vossa vida, essa pessoa pode viver perto de você como viver noutro país, mas pelo fato de se terem conhecido, essa pessoa já não é mais um fantasma na vossa vida, é uma presença que nos incomoda, nos faz rir, nos faz chorar, enfim, nos faz sentir, vivos…

Somos todos diferentes, não existe ninguém igual a ninguém, apenas pessoas parecidas, por essa razão sempre que se conhece alguém, existe um confronto de personalidades, de pensamentos, e digam-me o que há de mais inspirador e instrutivo do que isso? Só mesmo a própria vida. Vocês, mesmo não vos conhecendo, não são fantasmas, mas sim presenças vivas, desde o primeiro dia em que leram uma palavra minha, por isso, os nossos caminhos estarão sempre cruzados…

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Uma simples velha máquina de lavar!


Estou farta, não aguento todas estas voltas, toda esta pressão que me é incumbida, simplesmente não aguento. Não tenho marca e mesmo que tivesse seria das mais rascas e baratas, por quê? Se faço tudo ou até mais que as outras máquinas que passam o dia sentadas sem absolutamente fazer porcaria nenhuma. Eu chego a funcionar até três vezes por dia, e à noite ainda trabalho horas extras sempre que alguém decide fazer de mim uma cama sem almofadas...

Não aguento mais ficar parada e ficar girando, girando todos os dias, deixa-me indisposta. E babar água durante todo o dia? Já para não falar que me fazem comer aquilo que eles chamam de (sabão em pó) que aposto que nunca provaram, porque senão não me dariam tal alimento! E aquela comida cheia de botões que metem dentro de mim e com cheiros que ninguém consegue aguentar? Eu juro que tento comer aquilo, porque uma máquina de lavar rasca como eu também tem fome. Mas tem um sabor intragável e acabo só por lamber tudo e obrigo-os a retirar aquilo dentro de mim. Vejo isso como a minha forma de vingança.

Mas ao cair da noite ainda é pior, tenho o cu da minha mestra em cima de mim. Não sei que raio eles fazem e porque não optam pela satisfação e comodidade de uma cama nova como a que têm no quarto. Preferem esta máquina velha.  Em mim a única coisa que encaixam é aquele líquido idiota e toda aquela comida dura.


Enfim, o mundo em que vivo é impossível e insuportável. Já tentei várias vezes matar-me e destruir-me por completo enchendo-me de água, mas nada resulta, porque sempre que eu faço isso, eles levam-me a um homem que mexe na minha boca e teima em mexer nas minhas partes privadas o que me enerva ao extremo. Não tenho mãos como os estúpidos humanos, não posso simplesmente bater-lhe. Enfim, esta é a minha vida, uma simples velha máquina de lavar.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Inocência perdida" . . .


Toda pessoa tem saudades da sua infância, e de seus ídolos da época. Pode ser um desenho, histórias em quadrinhos, fábulas infantis ou contos de princesas, mas um belo dia a casa cai, e como é triste saber de toda a verdade que não foi percebida por você...

Dói muito descobrir que, todo aquele espinafre comido, nunca te ajudou a bater naquele cara mais velho que todo dia te espanca pra te tomar o dinheiro do lanche e que furou sua bola nova. Difícil também é pensar que o Salsicha e o Scooby Doo viviam com fome, não pelo fato do apetite deles ser um pouco acima da média e sim por causa de uma larica causada por um cigarrinho popularmente chamado de "cigarrinho do capeta". Como fere o coração, quando você começa a perceber que a Alice não estava no país das maravilhas conversando com gatos e cartas de baralho porque caiu em um buraco, mas sim porque estava numa viajem provocada por um chá alucinógeno qualquer... Outro fato que contribui para a total perda de sentido e inocência é a descoberta que o He-Man nada mais era do que um micareteiro viciado em anabolizantes que falava com um tigre verde. Saber que o Tom é um típico sadomasoquista que corria atrás do Jerry apenas para arranjar um meio de sofrer e apanha, é outro baque na tão falada e abalada inocência infantil.

O sonho de toda "Ex-Criança” que cresceu e teve a “Magia da Infância” quebrada, é um dia voltar aos 8 anos e ter de volta aquela pureza infantil, simplesmente para não ter que pensar mais no quanto o Gargamel estava alucinado quando caçava bichinhos azuis debaixo dos cogumelos, cogumelos estes, que também serviam para fazer uma bebida que “Confundia a realidade”. Como era bom ser criança para não ter maldade suficiente para perceber que a Smurfete (a única mulher no meio de tantos homens azuis), não passava de uma ninfomaníaca descontrolada.

É por estas e outras que clamamos para que nos devolvam nossa incapacidade de pensar que a Cinderela não foi ao baile porque estava sendo isolada por uma incrível depressão, somada ao complexo de inferioridade. Felizmente nem tudo é choro e lágrimas, para não desapontar aqueles que cresceram e não tem mais a inocência perdida dos 8 anos de idade, pelo menos ainda nos resta uma esperança... Ele não trabalha gigolô de sua namorada rica e ainda por cima vive na farra, é... Dentre todos, pelo menos o Zé Carioca é normal. . .

segunda-feira, 18 de junho de 2012

LET ME TRY AGAIN. . .


Você viveu um grande amor que terminou meses atrás. Está só. Nada nesta mão, nada na outra. A sexta-feira vai terminando e, enquanto seus amigos aquecem as turbinas para o fim-de-semana, você procura na  Internet ou na TV algum filme que ainda não tenha visto. E descobrir que vai passar, (A lagoa azul) de novo na sessão da tarde, daí não resiste e cai em tentação: liga para a ex... (Também pode ser para o ex)...

Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se ela também estiver sozinha, é mamão com açúcar. Os dois já se conhecem de trás para frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes, é só prorrogar aquele velho e bom começo que todo relacionamento tem. Tanto um como o outro sabem o seu papel. 

Porém, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo que levou à separação continua por ali, "escondido atrás do sofá, a qualquer hora aparece para um drinque". O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu que ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se esclarece e a paixão segue sem cicatrizes. Já rompimentos causados por incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem contornados. 

Toda reconciliação é precedida por uma etapa onde o casal, cada um no seu canto, faz idealizações. As frases que não foram ditas começam a ser decoradas. As mancadas não serão repetidas. As discussões serão evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando sós as partes boas. Mas na hora de encenar, cadê o diretor? Às sós no palco, constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaída. 

Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e depois resolve voltar só por falta de opção, está procurando sarna para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação, podem-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez, já que não há tanta ansiedade. Mas também não há impactos, surpresas, revelações. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os sustos e, cá entre  nós, isso não mantém o brilho do olho. 

Se já não há mais esperança para o relacionamento e tendo doído tanto a primeira separação, não há por que batalhar por uma sobrevida deste amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor também. É melhor aproveitar esta solidão indesejada para namorar um pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a marcha ré. Engate uma primeira nesse coração machucado! 


(Martha Medeiros)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Felicidade?

Esse negócio de felicidade é uma coisa complicada mesmo. Tem homem que diz que se for traído, se ele ama muito da "princesa", perdoa, achando que ela poderá vir a não traí-lo de novo. Tenho todo tipo de dúvida possível a respeito desta colocação. Mas para mim a questão não é perdoar ou não. Vou dar um exemplo comparativo, que acho que elucida de vez a questão da traição feminina.

Suponha que você esta numa lanchonete, comendo alguma coisa, sem maus pensamentos, por favor... Você esta comendo uma refeição. Pronto, esta esclarecida a questão... Quando você sentou para fazer a sua refeição, você esta mascando um chicletinho, bacana, né? Para não misturar as coisas, você, para começar a sua refeição, tirou o chiclete da boca e deixou do lado, você adora um chiclete, em especial aquele. Chiclete não se divide com ninguém, você sabe disso né? Seu chiclete esta ali do seu lado na mesa, e você esta comendo a sua refeição, com gosto, muito gosto.

Eis que chega um amigo seu, ou apenas um conhecido, e resolve dividir a mesma mesa com você. Muito bem, lá pelas tantas, você nota que seu conhecido estava mascando o chiclete que era seu. Claro que você reclama de forma veemente, até com certa agressividade. É natural fazer isso. Seu conhecido, sabendo que o chiclete é seu, resolve devolve-lo. Tira o dito da boca e coloca onde estava em cima da mesa.

Fica a pergunto: você pega o chiclete que era seu, que agora já foi chupado pelo seu amigo ou conhecido, e coloca de novo na sua boca para masca-lo novamente? 

Responda essa! Ninguém divide chiclete!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A beleza das mulheres...


A beleza das mulheres. Sei que muitos vão estranhar, por se tratar de um tema sério, e outros vão achar que é só uma introdução falsa para mais uma serie de gracinhas. Claro que não. O tema em pauta será tratado na maior seriedade, de forma cientifica como sempre. Nada de temas ginecológicos desta vez.

Afinal de contas, a beleza das mulheres conta? Claro que não. Porém, em parte. Vamos lá, vamos examinar a questão da beleza sob o ângulo, e que ângulo? Dos sentimentos, coisa que muitas não têm. A beleza nada mais é que um estado interior da alma. É... Surpresos por uma declaração tão profunda. Eu sei. Entretanto, é isso mesmo. Não adianta nada a menina ter um rostinho bonito, e achar que isso só basta. Não vou nem falar de um corpo bonito. Também não adianta. O que adianta são os predicados interiores das lindinhas. Se o que tem dentro é bonito, bem estruturado, o que aparece do lado de fora agrada, e muito. Porem, se o que tem dentro é ruim, não há cara bonita e corpão que resolvam a situação.

Quando o que tem dentro é bom, dá para erotizar qualquer coisa que esteja na embalagem. Não adianta enganar com embalagem bonita. Um dia o camarada tira o laço e vai ver o que tem dentro. É a derradeira prova. A prova cabal. Se não tiver nada dentro, a caixa vai para o lixo. Agora, se quando o cara abre a caixa, e encontra o melhor dos materiais dentro, nada mais importa.

O corpinho do lado de fora, a embalagem, dá para erotizar quase todos. A cinturinha de pilão, coxas grossas e torneadas, isso é fácil, mas dá para erotizar também as gordinhas... Oh... As gordinhas, (minha preferência, digamos assim)... Mais ainda aquelas com aquele corpinho tipo quibe. Uma delicia, não esquecendo que devem usar sempre um saltão e o já chamado body de oncinha. Ai sim dá para resolver qualquer questão. Agora, as lindinhas que estão lendo ávidas este meu ponto de vista cientifico não se iludam. Não adianta ter só o corpo lindinho, gastar fortunas no cabeleireiro, tratando dos cabelos, e ir para a academia todos os dias. O que importa é o interior. E nesta matéria a coisa está mais difícil. Não é qualquer uma que tem um interior bonito, limpo, vamos dizer assim. No quesito beleza interior, tem umas por ai, alias hoje em dia a grande maioria, que cuja sensibilidade só é comparável a uma samambaia de plástico.

domingo, 22 de abril de 2012

Lobos. . .


Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça: "Deixe-me contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio àqueles que 'aprontaram' tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos". E ele continuou: "É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito". O garoto olhou intensamente nos olhos de seu Avô e perguntou: "Qual deles vence, Vovô?" O avô sorriu e respondeu baixinho: "Aquele que eu alimento".



terça-feira, 13 de março de 2012

Machista


Uma coisa que eu sempre me perguntei, é sobre o que é não ser machista. A questão é de difícil resposta. As meninas são machistas, e elas amam os machistas, de preferência aqueles bem cascudos, que não é o meu caso. Sou apenas um bom machista, e elas gostam claro, mas eu ainda acho que eu deveria ser pior. Mas o que é não ser machista? 

Eu não sei. Sempre fui machista, às vezes disfarço mal por que não sei o que é não ser machista. Eu acredito que não ser machista não deve ser se transformar num fresquinho, aquele camarada excessivamente gentil e compreensivo, bem pacato, que mais parece um amigão das meninas, que sabe tudo sobre elas, até chegar ao ponto que ele vai se como uma delas. Algo como aqueles caras que antigamente diziam que foram criados pela avó. É... É isso mesmo, fresquinho, palavra "proibida", mas que eu uso à vontade sou politicamente incorreto, apesar de meu blog ser cultural. A resposta não deve ser essa. Continuo sem saber.

Será que é ser um camarada que escuta as mulheres, aquela lenga lenga delas de falar sobre o dia delas o tempo todo quando você chega em casa? Pode ser, mas não deve ser só isso. Claro que tem que acrescentar aí a questão de discutir a relação, escutar aquelas reclamações todas, a respeito de como você não a valoriza e, não presta a atenção quando ela fala das amigas de forma confusa e vaga. Nem elas mesmas sabem sobre o que estão falando. Como já diz o guru alemão Tibúrcio de Durvalina: as mulheres falam demais por que tem duas bocas, e é bom que continuem tendo, Uma boca só não basta. Se tiver que costurar uma, que seja a de cima, por favor. A de baixo só faz mímica, mas isso ajuda muito. Só pisca como nós falamos de uma forma bem machista, o que elas gostam muito.

Bom, deve ter mais coisas para não ser machista. Será que é só fazer sexo quando elas querem? Acho que não, elas não saberiam viver sem que pudessem notar que estamos interessados em sexo. Isso ajuda na autoestima delas. Elas gostam que nós as procuremos o tempo todo, só para poderem negar algumas vezes, e nos chamar de tarados, e falar que só pensamos em sexo, daí começar tudo de novo, a querer discutir a relação, a nossa insensibilidade, essas coisas... Mas elas querem ser procuradas. É só você parar de procurá-las, e elas reclamam, já acham que você tem outra, e querem saber quem é etc... Ou seja, é crise de ciúmes e de insegurança na certa. Mas não deve ser só isso.

Dizem que não ser machista é ser também amigo delas. Enfim, escutar todo tipo de assunto, até mesmo quando elas falam de culinária. Haja saco e disposição para tanto. Aliás, não existe esse negocio de ser amigo de mulher. Às vezes, nos disfarçamos de amigo delas, apenas para podermos estudá-las, e ver qual a melhor abordagem a fazer para levá-las para a cama. Isso sim! Mas amizade com mulher, só se ela for muito feia mesmo. 

Tem que haver uma forte dose de repugnância física, para poder aparecer alguma coisa que passe perto de ser uma amizade. Assim mesmo, depois de alguns drinques, e com o quarto na meia luz, a feiura desaparece, somos craques em erotizar qualquer mulher, qualquer corpo. Afinal, não é só o corpo que interessa, mas o conteúdo das meninas também dá tesão. Se ela for meio burrinha então, nem se fala. 

Minha argumentação "cientifica", é bom não esquecer que meu blog é "ciência pura", não chega a nada 100 % conclusivo. Portanto aguardo manifestação das meninas e senhorinhas, para que exponham o ponto de vista delas aqui neste blog, que as trata.