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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rimando com Palavras calmas


Por entre palavras calmas não me consigo encontrar, sinto-me perdido num mar de palavras, no qual não sei navegar. Nas palavras que me formam, perco-me no toque da sua essência e encontro-me de modo incessante no fundo da minha consciência. Perco-me novamente, como se fosse próprio de mim nunca me encontrar, ou simplesmente ignorar completamente a força que me faz andar.

Vivo em palavras e apenas em palavras eu me sei perder, construindo vários castelos para um dia me poder esconder. Quero viver em palavras, mas por vezes não sei o que dizer, as palavras parecem sumir-se à medida que as tento escrever. O papel fica em branco e as palavras se misturam à minha frente, escrevo na esperança de igualdade e obtenho um resultado diferente.

Rendo-me em palavras e sem palavras não o poderia fazer, com as palavras crio pensamentos que muitos outros irão ler.  Sem palavras muito falta, falta até me completar, falta descrever quem eu sou e uma forma de me encontrar. Com os passos que descrevo e que vou marcando o caminho, deixo palavras para trás para nunca me sentir sozinho e há medida que o faço, vou sendo um pouco mais eu, vou procurando ser poeta que nas palavras morreu.

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