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domingo, 22 de abril de 2012

Lobos. . .


Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça: "Deixe-me contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio àqueles que 'aprontaram' tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos". E ele continuou: "É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito". O garoto olhou intensamente nos olhos de seu Avô e perguntou: "Qual deles vence, Vovô?" O avô sorriu e respondeu baixinho: "Aquele que eu alimento".