Páginas poderosas

sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Inocência perdida" . . .


Toda pessoa tem saudades da sua infância, e de seus ídolos da época. Pode ser um desenho, histórias em quadrinhos, fábulas infantis ou contos de princesas, mas um belo dia a casa cai, e como é triste saber de toda a verdade que não foi percebida por você...

Dói muito descobrir que, todo aquele espinafre comido, nunca te ajudou a bater naquele cara mais velho que todo dia te espanca pra te tomar o dinheiro do lanche e que furou sua bola nova. Difícil também é pensar que o Salsicha e o Scooby Doo viviam com fome, não pelo fato do apetite deles ser um pouco acima da média e sim por causa de uma larica causada por um cigarrinho popularmente chamado de "cigarrinho do capeta". Como fere o coração, quando você começa a perceber que a Alice não estava no país das maravilhas conversando com gatos e cartas de baralho porque caiu em um buraco, mas sim porque estava numa viajem provocada por um chá alucinógeno qualquer... Outro fato que contribui para a total perda de sentido e inocência é a descoberta que o He-Man nada mais era do que um micareteiro viciado em anabolizantes que falava com um tigre verde. Saber que o Tom é um típico sadomasoquista que corria atrás do Jerry apenas para arranjar um meio de sofrer e apanha, é outro baque na tão falada e abalada inocência infantil.

O sonho de toda "Ex-Criança” que cresceu e teve a “Magia da Infância” quebrada, é um dia voltar aos 8 anos e ter de volta aquela pureza infantil, simplesmente para não ter que pensar mais no quanto o Gargamel estava alucinado quando caçava bichinhos azuis debaixo dos cogumelos, cogumelos estes, que também serviam para fazer uma bebida que “Confundia a realidade”. Como era bom ser criança para não ter maldade suficiente para perceber que a Smurfete (a única mulher no meio de tantos homens azuis), não passava de uma ninfomaníaca descontrolada.

É por estas e outras que clamamos para que nos devolvam nossa incapacidade de pensar que a Cinderela não foi ao baile porque estava sendo isolada por uma incrível depressão, somada ao complexo de inferioridade. Felizmente nem tudo é choro e lágrimas, para não desapontar aqueles que cresceram e não tem mais a inocência perdida dos 8 anos de idade, pelo menos ainda nos resta uma esperança... Ele não trabalha gigolô de sua namorada rica e ainda por cima vive na farra, é... Dentre todos, pelo menos o Zé Carioca é normal. . .

segunda-feira, 18 de junho de 2012

LET ME TRY AGAIN. . .


Você viveu um grande amor que terminou meses atrás. Está só. Nada nesta mão, nada na outra. A sexta-feira vai terminando e, enquanto seus amigos aquecem as turbinas para o fim-de-semana, você procura na  Internet ou na TV algum filme que ainda não tenha visto. E descobrir que vai passar, (A lagoa azul) de novo na sessão da tarde, daí não resiste e cai em tentação: liga para a ex... (Também pode ser para o ex)...

Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se ela também estiver sozinha, é mamão com açúcar. Os dois já se conhecem de trás para frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes, é só prorrogar aquele velho e bom começo que todo relacionamento tem. Tanto um como o outro sabem o seu papel. 

Porém, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo que levou à separação continua por ali, "escondido atrás do sofá, a qualquer hora aparece para um drinque". O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu que ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se esclarece e a paixão segue sem cicatrizes. Já rompimentos causados por incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem contornados. 

Toda reconciliação é precedida por uma etapa onde o casal, cada um no seu canto, faz idealizações. As frases que não foram ditas começam a ser decoradas. As mancadas não serão repetidas. As discussões serão evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando sós as partes boas. Mas na hora de encenar, cadê o diretor? Às sós no palco, constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaída. 

Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e depois resolve voltar só por falta de opção, está procurando sarna para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação, podem-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez, já que não há tanta ansiedade. Mas também não há impactos, surpresas, revelações. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os sustos e, cá entre  nós, isso não mantém o brilho do olho. 

Se já não há mais esperança para o relacionamento e tendo doído tanto a primeira separação, não há por que batalhar por uma sobrevida deste amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor também. É melhor aproveitar esta solidão indesejada para namorar um pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a marcha ré. Engate uma primeira nesse coração machucado! 


(Martha Medeiros)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Felicidade?

Esse negócio de felicidade é uma coisa complicada mesmo. Tem homem que diz que se for traído, se ele ama muito da "princesa", perdoa, achando que ela poderá vir a não traí-lo de novo. Tenho todo tipo de dúvida possível a respeito desta colocação. Mas para mim a questão não é perdoar ou não. Vou dar um exemplo comparativo, que acho que elucida de vez a questão da traição feminina.

Suponha que você esta numa lanchonete, comendo alguma coisa, sem maus pensamentos, por favor... Você esta comendo uma refeição. Pronto, esta esclarecida a questão... Quando você sentou para fazer a sua refeição, você esta mascando um chicletinho, bacana, né? Para não misturar as coisas, você, para começar a sua refeição, tirou o chiclete da boca e deixou do lado, você adora um chiclete, em especial aquele. Chiclete não se divide com ninguém, você sabe disso né? Seu chiclete esta ali do seu lado na mesa, e você esta comendo a sua refeição, com gosto, muito gosto.

Eis que chega um amigo seu, ou apenas um conhecido, e resolve dividir a mesma mesa com você. Muito bem, lá pelas tantas, você nota que seu conhecido estava mascando o chiclete que era seu. Claro que você reclama de forma veemente, até com certa agressividade. É natural fazer isso. Seu conhecido, sabendo que o chiclete é seu, resolve devolve-lo. Tira o dito da boca e coloca onde estava em cima da mesa.

Fica a pergunto: você pega o chiclete que era seu, que agora já foi chupado pelo seu amigo ou conhecido, e coloca de novo na sua boca para masca-lo novamente? 

Responda essa! Ninguém divide chiclete!