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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Camisinha feminina


A camisinha feminina é pouco usada, além de pouco conhecida. A maioria pensa que é pura sacanagem, mas ela existe sim, e é vendida em qualquer farmácia ou supermercado. Muitas vezes é vendida na seção de café e afins, meramente por engano. A peça em pauta já existe há mais de dez anos, muito embora tenha sido pouco ou nada vendida. Vocês saberão logo o porquê da situação.

A camisinha feminina não é muito estimulante. Assemelha-se ao saco de coar café de pano. É. É isso mesmo. Tem esta aparência estranha. Nada mais é que uma camisinha masculina, devidamente multiplicada por uns 20 mais ou menos. Tem um bocão enorme em um lado, e do outro, no que seria o final dela, possui um anel que deve ser dobrado até fazer um oito, e introduzida na pexeca através deste anel dobrado. Como não entra tudo só enfiando, o final, quase a metade da camisinha, necessita ser introduzida através de um dedo ou dois, talvez três, dependendo da abertura da lindinha. Pronto. Está colocada a camisinha feminina, por enquanto sem a necessidade de um manual de colocação escrito em variados idiomas. 

Parece simples. Entretanto, a parte mais complicada é você depois da camisinha colocada no local correto, olhar para aquilo. A pexeca da sua princesa vai ficar parecendo à boca de um trompete, aquele instrumento de sopro. A cena é meio desestimulante. O manual de instalação do produto recomenda que quando se introduza o pênis no orifício da pexeca, a menina tome o devido cuidado para que o pênis não entre pelo lado de fora da camisinha, anulando os efeitos da mesma. Vocês estão vendo que a coisa mais parece uma batalha, de tantas instruções que tem de ser seguidas. A esta altura muita gente já desistiu, ou brochou mesmo. 

Sinceramente, esta camisinha feminina mais parece um desestimulante sexual.

Consumado o ato, se é que é possível isso, depois de tantas: (?!), a retirada dela deve ser feita de forma bastante cuidadosa. Não se retira a camisinha assim de qualquer maneira, não. Antes de puxá-la, e quem faz isso deve ser a menina, ela deve ser enroscada para que o esperma não vaze, e ai sim, retirada. Tudo muito simples, não parece? Claro! "Fui informado que algumas mais modernas e seguras, já vem até com um CD de instalação".

Para ser mais simples e educativo, para quem não conhece, a camisinha feminina parece mais uma meia tamanho 40, devidamente confeccionada de plástico flexível, sendo que o bocão da meia, digo da camisinha, deve ser mais ou menos o dobro da boca da meia de tamanho natural...  Como disse, parece à boca de um trompete, ou mesmo um saxofone. A visão só não será pior se a menina tiver aparado os pelos pubianos com o corte (bigodinho de Hitler). Aí não dá para aguentar, e só resta a você, bater em retirada, caso não queira sofrer algum tipo de trauma.

Finalizando, se você quer transar e quer usar uma camisinha (que isso é o certo), use a masculina mesmo. É mais pratica, mais rápida, funcional, e você não vai brochar (pelo menos eu espero). Além disso, você vai poder preservar na sua memória, a linda visão da pexeca de sua amada. 

Use a masculina mesmo. É mais fácil.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Parei e pensei

Longe de você, mas perto o suficiente para sentir o teu calor, teu cheiro, tua respiração ofegante no meu ouvido, etc...Calor tão quente, que nem o sol aguenta, cheiro tão forte que me arrepia, respiração ofegante com significado de quero mais...

Fumaça que sai do nosso corpo. Fumaça que nos envolve quando estamos juntos numa cama. Envolvidos pela fumaça do amor, não pensamos em nada, só naquele momento de muito prazer e puro tesão. Eu gosto dessa palavra TESÃO, me faz sentir poderoso, um poder que só você provou, só você sabe como é, e mais ninguém irá provar! E se um dia alguém provar, não vai provar do jeito que você provou. Juro-te, te juro isso do fundo do meu coração!

Um coração que quase ninguém conhece. E quem conhece não acredita nele, não acredita no que ele demonstra e isso só você enxerga. Você, você é uma das poucas pessoas que me conhece bem, tão bem que as vezes eu penso que você não existe, que você é uma miragem, uma coisa que só eu vejo e tento mostra pra outras pessoas, mas elas dizem que eu estou ficando louco, que eu estou falando com espíritos. Beleza, "eu falo com espíritos". Mas se cada homem desse mundo tiver um espírito igual ao meu, com certeza eles serão os homens mais realizados do mundo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ser gordo não é fácil!



A ilusão de achar que é magro por natureza e nada pode mudar isso. A vida de um gordo é um enorme rodízio de pizzas. O gordo começa a ser rejeitado, recebe apelidos como “Zé Barriguinha“. Acha uma extrema injustiça, e fala mal de todo mundo que vier falar que está gordo. Daí vai a uma churrascaria para extravasar a raiva. Com um princípio de consciência, começa finalmente a perceber que engordou, e decide tomar uma providência: para de se pesar! Afinal, se não souber do problema, ele não existe. Come uma barra de chocolate para relaxar. Daí vem o susto, quando finalmente se pesa, vê que está obeso e pensa: “Como fui chegar nesse ponto?” Entra em depressão. Fica sem vontade de sair (“uma pessoa tão gorda não pode ser vista em público“), sem vontade de dormir, nenhuma vontade de trabalhar. Mas tem muita vontade de comer. Fica extremamente deprimido quando é usado como ponto de referência: - A impressora fica ali do lado daquele gordo. Percebe também que não é mais o “loirinho” ou “aquele cara alto“. Passa a ser “o gordão“. Come o estoque de comida de um mês em três dias, para aliviar a frustração.

Aí começa a aceitação. Começa a fazer piadinhas de si próprio: O elevador vai cair agora que eu entrei! Eu só faço a posição “gangorra”!... Também começa a falar seu peso em toneladas. Ex.: 0,115 toneladas. Tem orgulho das façanhas nas churrascarias e rodízios de pizza. Critica a sociedade. Afinal, ela só julga as pessoas pela aparência. Comemora a auto-aceitação comendo tudo que vê pela frente. 

E depois vem um princípio de Insatisfação. A vida é muito boa, com muitas orgias gastronômicas, mas algo está errado. Não faz mais sucesso com o sexo oposto, não é mais chamado para atividades que envolvam algum tipo de atividade física, e é sempre a vítima preferencial das piadinhas. Pede uma pizza para ajudar a pensar que deve iniciar uma dieta. 

Daí vem o surto, até quando se olha no espelho se sente mal. Comprar roupas é a atividade mais depressiva para um gordo. Culpa-se por ter deixado a banha ocupar a maior parte de seu corpo. Comer continua sendo bom, mas passou a ser um ato sempre acompanhado de culpa. Durante essa fase, são inúmeros os momentos de loucura em que passa alguns dias comendo só duas folhas de alface, até não aguentar mais e comer tudo que tem na geladeira. Inclusive o que deixou vencer nos dias em que só comeu mato. Tal qual um viciado, “injeta” chocolate na veia, seu único momento feliz do dia; depois, vem à culpa e a depressão. 

Depois chega mais uma vez sua consciência. Recuperado da depressão da fase do surto, começa a perceber que pode mudar. 

Essa fase é a famosa “Segunda eu começo!“.

Na verdade, o que o gordo pensa: segunda eu começo! Então hoje vou fazer uma “despedida.” E corre para a churrascaria no almoço, toma um pote de sorvete à tarde e vai a um rodízio de massas à noite. 

Ah sim! Há uma regra não escrita nessa fase. Se não conseguir começar na segunda, é totalmente proibido ao gordo começar a dieta na terça. Nesse caso deve-se tirar a semana inteira para “despedidas”, para só na próxima segunda-feira começar a dieta. 

Depois de ganhar mais de 5 kg nas “despedidas”, toma realmente consciência de que precisa melhorar. Mas ainda não sabe bem como. É a fase mais bizarra, e 80% dos gordos nunca passam dela. É a época em que se tenta de tudo. 

Primeiro, o gordo passa 6 horas por dia fazendo exercícios e, após isso, come 1 quilo de comida. “Agora eu sou um atleta, então posso“.Depois, experimenta as dietas da moda. Passa uma semana só tomando leite; três dias comendo ovo com laranja; seis dias só tomando sopa; 5 dias tentando a dieta do limão; 5 dias a base de Shakes de dieta; até tenta a dieta da lua. (a mais conhecida pelos gordos). Entre uma tentativa de dieta e outra, há uma recaída para a fase anterior. “Já que não deu certo essa dieta, na segunda eu começo outra! Qual é mesmo o número do Disk-pizza? Preciso me despedir mais uma vez de uma bela meia portuguesa meia calabresa“.

Agora vem a mudança. Depois de aprender que fazer jejum completo ou ficar doente de tanto fazer exercícios são atitudes que, isoladas, não resolvem nada, ele passa a aprender como emagrecer de verdade. Vira especialista em dieta e exercícios. Na verdade, fica obcecado. As únicas pessoas que respeita e admira são as que conheceu na academia. Olha horrorizado para os colegas de trabalho comendo aquela feijoada gordurosa no almoço ou tomando café com açúcar, aquele veneno branco. Faz longos discursos acerca dos males de uma alimentação ruim e da falta de exercícios.

Nesse momento, já não é um simples gordo.

É um gordo chato! 

Agora mudou tudo. Poucas pessoas chegam realmente nessa fase, onde a obsessão e a neura passam um pouco. Depois de persistir na dieta e nos exercícios ele se torna, novamente, um cara magro. Talvez até mais saudável do que era antes.

Tão saudável que acha que acha que nada pode mudar isso e…

Depois começa tudo de novo!